Firefox 3.5 é a versão de navegador mais popular do mundo; no Brasil, Internet Explorer 7 ainda está na frente

Segundo o website StatCounter (www.statcounter.com), Firefox 3.5 é a versão de navegador mais popular do mundo. Nos últimos 12 meses, esta é a primeira vez que uma versão de navegador da Mozilla Corporation fica à frente de uma versão do Internet Explorer.

Gráfico comparativo entre versões de navegadores considerando usuários de todo o mundo

No Brasil, Internet Explorer 7 ainda é a versão mais utilizada.

Gráfico comparativo entre versões de navegadores considerando usuários do Brasil

Outra coisa interessante apresentada nos gráficos é como usuários de Firefox atualizam suas versões mais rapidamente do que usuários de Internet Explorer. Isso pode estar relacionado à parcela de usuários de Firefox composta por desenvolvedores, à forma de como a atualização é feita nesses navegadores, etc. Dados do W3Schools, website de referência para desenvolvimento Web, mostram que Firefox é utilizado por 47% de seus usuários.

Ao desconsiderar versões, Internet Explorer continua dominando o território mundial dos navegadores com 55,78%, contra os 32,06% do Firefox.

Gráfico comparativo entre navegadores considerando usuários de todo o mundo

No Brasil, estes números são 54,82% e 33,86%, respectivamente. Outro ponto interessante nos dados relacionados ao Brasil é que o Google Chrome, em pouco mais de um ano, saltou de 0% para uma fatia de 9,35%. Por outro lado, se considerarmos todo o mundo, esse número cai para 5,33%.

Gráfico comparativo entre navegadores considerando usuários do Brasil

Apesar de vermos que a popularidade dos navegadores depende do público-alvo, é interessante ver que a competitividade entre os desenvedores de user agents aumentou a qualidade e o número de funcionalidades dos navegadores.

Obama - Yes, he did it

Documentário muito interessante sobre o papel das mídias digitais na campanha de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos em 2008. O trabalho é o TGI (Trabalho de Graduação Interdisciplinar) de alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Presbiteriana Mackenzie.


Obama Digital

Mais informações: Obama Digital

WebAnywhere, um leitor de telas baseado na Web

WebAnywhere é um leitor de telas baseado na Web. Ele funciona a partir do navegador e, consequentemente, não requer que outro software esteja instalado na máquina do cliente. Ele é grátis e permite que pessoas cegas acessem a Web de qualquer computador que tenha saída via áudio. No entanto, não substitui os leitores de tela existentes, uma vez que seu escopo de atuação é a Web. De qualquer forma, é um grande passo para lidar com questões de acessibilidade, uma vez que aplicações são cada vez mais disponíveis na Web.

Experimente o WebAnywhere.


Vídeo apresentando o funcionamento do WebAnywhere

Mais informações na página do projeto: http://www.webanywhere.cs.washington.edu/

Documentário sobre o Vila na Rede (www.vilanarede.org.br)

Documentário que mostra o percurso, oficinas e alguns resultados do Projeto de Pesquisa e-Cidadania, que tem como principal produto o website Vila na Rede (www.vilanarede.org.br), uma Rede Social Inclusiva.


Parte 1 do documentário sobre o Vila na Rede


Parte 2 do documentário sobre o Vila na Rede

Mais vídeos sobre o Vila na Rede: Canal no Youtube do Vila na Rede

3DBin - De fotos para 360º

O 3DBin processa fotos para criar uma animação que permite visualização 360º de qualquer coisa.


Vídeo explicando como utilizar o 3DBin, incluindo dicas de como tirar as fotos utilizadas pelo sistema

Mais informações: https://3dbin.com/

QR Code: Link entre analógico e o digital


Vídeo apresentando QR Code.

ERI-PR 2009, segurança e usabilidade

Semana passada participei da XV Escola Regional de Informática – Paraná, na PUC-PR. Minha apresentação foi relacionada ao trabalho Redes Sociais Online: Desafios e Possibilidades para o Contexto Brasileiro, desenvolvido no âmbito do projeto e-Cidadania e publicado no XXXVI SEMISH (Seminário Integrado de Software e Hardware).

Ao final da apresentação, o assunto mais discutido foi a utilização de recursos alternativos para autenticação. A utilização de recursos alternativos é uma proposta para lidar com barreiras relacionadas ao letramento ou ao uso de TICs, uma vez que cadastro e autenticação são, muitas vezes, as primeiras etapas necessárias para se utilizar uma Rede Social Online.

Ao comentar sobre o uso de imagens na autenticação, a exemplo do que é feito no Vila na Rede, surgiram muitas perguntas e sugestões sobre como deixar um login alternativo mais seguro. O equilíbrio entre segurança e usabilidade é um desafio. Norman dá alguns exemplos no texto "When Security Gets in the Way". O autor apresenta uma frase de Bruce Schneier muito interessante: "Só amadores atacam máquinas; profissionais objetivam pessoas". Isto nos remete à Engenharia Social e como por vezes os requisitos no cadastro de senha acabam levando pessoas a anotarem senhas devido à dificuldade em memorizá-las.

Uma situação desafiadora é lidar com acessibilidade e usabilidade considerando as diferenças existentes no contexto brasileiro, tema tratado na palestra. A forma usada no Vila na Rede é resultado de pesquisa e conta com avaliações considerando, por exemplo, segurança, acessibilidade e usabilidade. Prospectar novas soluções é indispensável, mas é a primeira de muitas tarefas, uma vez que é difícil "cravar" que uma forma é melhor que outra sem considerar o público-alvo, avaliações comparativas entre essas propostas, contextos de uso, somente para citar alguns. Este foi um dos meus argumentos.

Por fim, Norman fecha o artigo que mencionei anteriormente dizendo "Segurança usável e privacidade: questão de design". Acho que poderíamos adicionar "... e avaliação".

Celulares no Brasil e impacto no desenvolvimento Web

Em agosto deste ano a Anatel divulgou que a sua base de dados atingiu 164,5 milhões de celulares. Mas, por quê isto é importante? Vamos por partes.

Segundo estimativas do relógio populacional do IBGE, somos quase 192 milhões de brasileiros. Uma conta direta pode levar-nos a pensar que, aproximadamente, 85% dos brasileiros têm telefone celular. Certo? Não. Vamos com calma.

Primeiro: posse e uso do telefone celular não compõem uma relação 1 pra 1. Por exemplo, dados de 2008 do CETIC.br apontam que 67% dos brasileiros são usuários de telefone celular, mas 52% dos brasileiros possuem telefone celular.

Segundo: a teledencidade, que é o número de registros de telefone celular para cada 100 habitantes, é de aproximadamente 90 na região Sul, 97 na região Sudeste e 105 na região Centro-oeste. Isso mesmo, no Centro-oeste temos mais registros de celulares na base da Anatel do que habitantes!

Assim, deixemos um pouco de lado o celular. Vamos pensar em computadores. No Brasil temos que 75% dos domicílios não contam com computador e que 82% dos domicílios não possuem acesso à Internet.

Agora vamos considerar alguns impactos disso tudo. Se pensarmos em desenvolver um sistema disponível na Web e queremos que ele seja usado pela população brasileira (lembre-se: quase 192 milhões e uma diversidade que deve ser levada em conta), teremos uma grande chance de popularização se ponderarmos quais são os dispositivos que podem servir de porta de entrada.

Desenvolver um sistema que se adéque às diferenças presentes na nossa população é um ponto-chave para sua disseminação. Portanto, considerando a posse e uso do telefone celular e o aumento de poder computacional dos dispositivos móveis, só reforçamos o ponto trazido pela Análise de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) em domicílios feita pelo CETIC.br que aponta que o telefone celular é um dos principais vetores de inclusão da população brasileira ao uso de TICs.

Apesar disso tudo, preços de serviços oferecidos via celular ainda são preocupantes e muitas vezes uma barreira para que isso se torne realidade. Um reflexo disto é que 82,06% dos celulares utilizados no Brasil são pré-pagos e que menos de um quarto dos usuários de telefones celulares enviam/recebem conteúdo multimídia (i.e., fotos, vídeos, músicas)

Mesmo assim, com todas as dificuldades, ao pensar em um sistema disponível na Web é no mínimo interessante ter uma porta para interação via celular.

Como a Internet vê você?

O componente Personas, do MIT, trabalha com esta pergunta. A partir da utilização de processamento de linguagem natural e do conteúdo disponível na Internet, em inglês, são identificadas áreas a que um dado termo ou nome mais se relaciona.

A seguir um exemplo do que foi encontrado sobre o termo "Vila na Rede". Na caracterização feita pela ferramenta, as áreas que se destacam são: online, gerenciamento, mídia e social.

Captura de tela do resultado do Personas para o termo 'Vila na Rede'

Mais informações sobre o Personas: http://personas.media.mit.edu/

Acessibilidade é para você?

Comumente, acessibilidade é associada somente a tipos de deficiência e isto, infelizmente, acaba distanciando a acessibilidade das pessoas que não têm deficiência, mas que se beneficiam da acessibilidade e acham que não precisam dela.

A acessibilidade também está relacionada a questões dependentes do contexto de uso. O celular é um exemplo interessante de redundância de sentidos, pois a "campainha" considera visão, audição e tato. Assim, dependendo do lugar que você estiver, pode configurá-lo para ativar determinado sentido. Você pode colocá-lo para vibrar, caso esteja em um lugar barulhento (e.g., show ou balada), ou pode colocá-lo para tocar normalmente no dia-a-dia.

Outro exemplo: um colega me contou que descobriu recentemente que tinha um tipo de daltonismo. Ele descobriu quando sua mãe pediu para baixar o fogão do alto para o médio. Então, quando ele foi girar o botão do fogão, perguntou: "Onde é o médio?". E sua mãe respondeu: "É nesse que está marcado um gráfico na metade". E ele: "Mas qual gráfico?". A questão aqui é que o contraste entre a cor de fundo do fogão, branco, com o gráfico, bege, não era distinguível por ele. Ou seja, para ele as cores de fundo e frente eram a mesma coisa.

No tópico sobre acessibilidade do WARAU você pode verificar mais exemplos relacionados ao contexto de uso.

Em suma, existem questões de contexto de uso que desconhecemos e que ora ou outra necessitaremos de acessibilidade.

Se tiver curiosidade sobre como questões relacionadas ao daltonismo são importantes, seguem alguns links interessantes:

Teste de daltonismo envolvendo as cores verde e vermelha: http://www.colblindor.com/rgb-anomaloscope-color-blindness-test/

Teste de daltonismo usando organização de cores com base no matiz: http://www.colblindor.com/color-arrangement-test/

Simulador de daltonismo para imagens: http://www.colblindor.com/coblis-color-blindness-simulator/

Dicas para eliminar problemas encontrados por daltônicos na Web: http://wearecolorblind.com/articles/quick-tips/

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